segunda-feira, 11 de maio de 2009

A quem procurar se a casa cair?

Vi durante alguns meses a tristeza em Santa Catarina. E agora o meu Maranhão.

A chuva foi como uma máquina desgovernada de levar casas ao chão.

Nem todos se salvam, mas aqueles que conseguem se perguntam, para onde vou?

Escolas, elas na verdade são o maior abrigo dos carentes afetados pela chuva. Via isso e não notara nada com a concidência.

Ironicamente o lugar do conhecimento é o maior abrigo dessas famílias.

E eu, num lugar comum, a faculdade, saí de casa as 6hs e vim achar essa grande porta aberta, meu único abrigo seguro, justo.

Hoje a cultura do ciúme português, e a realidade da "rameira" brasileira talvez tenha pesado. Meu Deus, nunca pensei que situações dessas aconteciam com mulheres, minha ginecologista afirmou, não tem nada...é natural os famosos corrimentos em alturas do dia, sentar, correr, subir escadas, até mesmo dançar.. isso nunca foi entendido como excitação.

Nada para uma cultura - a cultura médica.

E diante da minha certeza, só consigo avaliar isso como uma grande ofensa, e penso, quantas mulheres brasileiras já passaram por isso? Ok, podem ser mulheres, sejam lá de qualquer raça e cidadania.

Talvez seja mesmo a cultura masculina de olhar somente a um lugar, não preceber nada. E eu, como estou tão distante, me lavo de lágrimas e risos por achar isso absurdo, principalmente esse ciúme sem razão.

Não sei para onde ir quando a faculdade fechar, o trabalho acabar... porque me sinto hj ainda mais imigrante, na morada de alguém, que não é a minha.

No Brasil, temos a família, a escola e toda gente que acolhe alguém sem saber pra onde vai quando a casa parece cair, por ciúme, por cegueira, egoísmo e chuva...

Sem comentários: