quarta-feira, 1 de julho de 2009

Depende de como vc me vê..

Depende de como você enxerga as pessoas...Posso ser a Lauri amiga, professora, colega, conhecida, inimiga...ou somente uma brasileira igual aos conceitos de todos... Dependendo do sociável, ova de peixe pode ser vendida como caviá.Dependendo da paciência, posso parecer estranhamente difícil de lidar. Dependendo do seu conhecimento, me achará leiga e estúpida.Dependendo da sua limitação, achará que só me apaixono por pessoas feias fisicamente.Dependendo da noite, vai achar que eu não sei fechar os olhos.Dependendo do seu mundo, vai me chamar de educada...Dependendo do interesse, vai me atender todos os dias...Dependendo da tua idade, vai dizer que eu sou velha.Dependendo da tua altura, vai me chamar de enorme.Dependendo dos seus olhos, vai me julgar mais ou menos interessante.Dependendo do costume, vai dizer que tardes comigo são agradáveis.Dependendo do verbo, dirá que eu falo culto.Dependendo da festa, eu parecerei animada.Dependendo da pele, vai dizer que sou menos ou mais desejo.Dependendo do clima, vai me achar com ombros cobertos ou despidos.Dependendo da hora, eu possa parecer incapaz. São nessas horas que eu tenho êxito de mostrar o contrário.Dependendo da pessoa, vou parecer mulher ou amiga.Dependendo da sorte, chegarei ao topo mais fácil..Mas, mesmo assim, haverá de me ver chegar lá. Mesmo que pense que meu sonho é pequeno.Não sou várias, somente existem opiniões diferente de pessoas desiguais... Aprenda a não julga pela aparência, prove o prazer da cia!

Alguém de dúvidas...3 meses sem meu pai.

Sou alguém de dúvidas... Como adicionar um anjo de Deus? Como pedir que me abrace quando eu tiver de voltar a tua casa e sentar finalmente em tua cadeira vazia? Como entender certas linhas tristes de se ler e não julgar a decisão de seu criador? Como não achar estranho não ter tido tempo de te levar no aeroporto se assim fez comigo? Como não falar de minha história e relembrar de seus erros e acertos? Como me olhar no espelho e não achar que esses olhos que me deste estão infelizes? Como não me preocupar contigo se não sei mais notícias tua? Como saber se ainda tem orgulho de mim se sou falha e ouço apenas o som que adentra em meus ouvidos dos que estão fisicamente a minha volta? Quando será minha hora de parar e compreender que não existe mais um pedaço de mim e deixar de achar que perdi contigo tbm minha identidade? Como dizer meu nome sem citar meu sobrenome? Como ser menos amena com teus colegas que te levaram por uma ideologia que trocou as letras pequenas da bula de um remédio de uma semana por um livro preto de todos os dias e aceleraram a tua despedida da gente? Será que sou estúpida por achar que um dia terei respostas para tudo? Será que vou precisar nascer novamente para levar melhor a história de uma menina que eu conheci no espelho da sua casa?Será que essa adulta que tenta conhecer de (á)tomos a (z)imbaubeanos só quer ocupar a sua mente para não falar que não sabe mesmo é de nada, onde se escondem as pessoas que mais amamos e não se encontram mais? Será que esse silêncio todo significa que foi para muito distante e que um dia vai conseguir chegar e me falar porque essa vida é assim?Dúvidas..dúvidas só aceleram a certeza de que a vida é BREVE e a Saudade é coisa que aumenta e diminui num equilíbrio inconstante a cada dia!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A quem procurar se a casa cair?

Vi durante alguns meses a tristeza em Santa Catarina. E agora o meu Maranhão.

A chuva foi como uma máquina desgovernada de levar casas ao chão.

Nem todos se salvam, mas aqueles que conseguem se perguntam, para onde vou?

Escolas, elas na verdade são o maior abrigo dos carentes afetados pela chuva. Via isso e não notara nada com a concidência.

Ironicamente o lugar do conhecimento é o maior abrigo dessas famílias.

E eu, num lugar comum, a faculdade, saí de casa as 6hs e vim achar essa grande porta aberta, meu único abrigo seguro, justo.

Hoje a cultura do ciúme português, e a realidade da "rameira" brasileira talvez tenha pesado. Meu Deus, nunca pensei que situações dessas aconteciam com mulheres, minha ginecologista afirmou, não tem nada...é natural os famosos corrimentos em alturas do dia, sentar, correr, subir escadas, até mesmo dançar.. isso nunca foi entendido como excitação.

Nada para uma cultura - a cultura médica.

E diante da minha certeza, só consigo avaliar isso como uma grande ofensa, e penso, quantas mulheres brasileiras já passaram por isso? Ok, podem ser mulheres, sejam lá de qualquer raça e cidadania.

Talvez seja mesmo a cultura masculina de olhar somente a um lugar, não preceber nada. E eu, como estou tão distante, me lavo de lágrimas e risos por achar isso absurdo, principalmente esse ciúme sem razão.

Não sei para onde ir quando a faculdade fechar, o trabalho acabar... porque me sinto hj ainda mais imigrante, na morada de alguém, que não é a minha.

No Brasil, temos a família, a escola e toda gente que acolhe alguém sem saber pra onde vai quando a casa parece cair, por ciúme, por cegueira, egoísmo e chuva...

terça-feira, 28 de abril de 2009

l'effort personnel est notre seul dieu...

E um capítulo da saudade chegou, e ele se foi. E eu não consegui chegar. Foi mesmo a primeira vez que a distância se tornou absurdamente grande.

Não sei se ainda sou a mesma, falta o homem que me criou, a minha carteira ainda é verde, mas a árvore não, ficou marrom-esverdeado.

Incrível saber que não vamos mais nos encontrar para falar de um futuro que nunca chega, e um passado de glória de um cara que acreditou no conhecimento próprio.

Não consigo comentar a forma dele agir acompanhado, por um conhecimento obtido numa igreja, sinônimo de começo e o fim da vida dele e parte da nossa.

Que saudade ouvir ele falar do macaco e não daqueles versiculos no papel fino!

Agora a saudade é pela distância e pelo nunca mais.

E acho que isso dói mais, por que agora ele não estará no aeroporto, na chegada ou saída. Acho que não quero mais partir!

Saudade meu pai.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A distância e o tempo...

Faz pouco tempo que regressei do Brasil. Felizmente encontrei a todos. Algumas sensações estranhas.
A distância na chegada e as horas intermináveis de vôo me fizeram pensar: como é longe!

E agora, na impossibilidade de ir deitar ao lado do homem que amo, e acordar no piso Brasileiro, tomar café com tapioca e abraçar minha gente e enfim:

falar no ouvido de meu pai, mesmo sem total consiência a espera de que ele melhore e saiba que eu estou do lado dele..

vejo somente que a distância e o tempo são meus inimigos, me torturam, me acabam...